sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Domingo em Ligota

O texto que se segue refere-se ao passado Domingo, 31 de Agosto de 2008...


Hoje apareceu-nos à porta a orientadora do curso de EILC, Maria Czempka, a nossa primeira ajuda desde a nossa chegada. Toda muito simpática, a falar inglês claro, e muito apressada e dinâmica. Pelos vistos, também já chegaram mais um português e um alemão, mas quando fomos lá bater à porta do quarto deles não estavam lá. A partir de agora teremos uma ou duas pessoas na residência a receber pessoas, ou seja, temos alguém para nos ajudar e com quem comunicar.

Decidimos ir até Ligota, uma das vilas periféricas de Katowice onde estão situados os dormitórios, e cujo o centro fica a 15min a pé destes. O caminho faz-se por uma estrada que rasga as florestas que rodeiam um pouco o dormitório e outros edifícios de habitação. Vêem-se muitas bicicletas.

Quando chegamos à vila fiquei fascinado! Estava um rebuliço de pessoas! Afinal havia gente que saía! As ruas estavam transformadas em feira: várias barracas se estendiam pela estrada principal e mal se conseguia caminhar com a quantidade de tralhas à venda, pessoas e carros. Vendiam-se coisas como em Portugal, mas via-se uma quantidade exagerada de armas de brincar, que quase todos os putos acabavam com uma na mão. Fulminantes e bombinhas também eram vendidas e ocasionalmente ouviam-se os estrondos, fazendo lembrar o 4 de Julho norte-americano. A porta da Igreja, um edifício enorme de alvenaria, assistia a um rebuliço de entradas e saídas, assim como a entrada do cemitério. Junto à Igreja, uma banda filarmónica tocava temas conhecidos como Jesus Christ Super Star, enquanto uma plateia assistia e aplaudia.

Acabámos por almoçar numa espécie de fast-food local. Comemos frango com batatas fritas, acompanhado ainda de uns vegetais que não consegui identificar, mas eram saborosos. O (meio) frango era enorme!
Uma confusão na tentativa de fazer o pedido, fez com que o senhor acabasse por fazer também uma costeleta (kotelet). Eu tentei com gestos e meias-expressões reaver o dinheiro. Ele resmungou, porque pelo percebi a costeleta já estava a fazer, mas lá acabou por devolver o dinheiro. “Dziekuje!”, disse eu repetidamente, numa das poucas palavras de polaco que sei. Ter aprendido várias palavras essenciais em checo ajudou-me, porque várias são muito parecidas com as polacas.
Apesar da dificuldade de comunicação, as pessoas até me parecem simpáticas. E cheguei à conclusão que o inglês não serve de muito e qualquer palavra em polaco que possa ser utilizada é logo uma grande ajuda naquilo em que estamos a tentar transmitir.

O sol brilhava intensamente, e fora da sombra estava mesmo calor. De tarde passeamos pelas florestas das redondezas, onde descobrimos um parque para BMX’s e skates. Parece-me um bom local para viver. Perto de uma grande cidade, com um pequeno e acolhedor centro urbano a dois passos, e no entanto no meio de parques e florestas que convidam a passeios…

Hoje conhecemos a primeira pessoa de Erasmus para além de nós os dois, a Clotilde… Clo para os amigos. Finalmente começam a chegar!...










1 comentário:

filipe disse...

Sei em quem pensaste quando na feira viste esses biscoitos todos.

Conseguiste comer todo o frango, que mais parecia um perú !!!!????
Ja estás a enfardar para vires com mais 15 quilos em cima como diz o Ric.