quarta-feira, 1 de outubro de 2008

No dia em que o dia pelo qual esperava chegou...

...e do qual eu nunca gostaria mais de sair.


Acordar foi difícil, principalmente após a noite anterior. Tinha sido a primeira festa oficial de Erasmus, organizada pelo ESN (Erasmus Student Network). A festa tinha sido mesmo porreira. Conhecer pessoas de todos os lados é sempre uma experiência interessante. Estava feliz. E sabia que não era só por isso. A principal razão era porque sabia com quem ia estar no dia seguinte...

Só dormi três horas. Mas apesar da dor de cabeça, o que mais me preocupava não era o sono, nem a ressaca, nem o cansaço. O que mais me preocupava era chegar ao aeroporto a tempo. Chegar lá não era o problema. Eventualmente lá chegaria. Mas como nunca tinha feito esse percurso nem sequer fazia ideia de quanto demoraria. e este, era um avião que eu não podia perder de qualquer maneira. Não podia...

Após a saída de casa ainda no escuro, e com chuva miúda, o meu plano de transportes correu como esperado e apanhei o avião para Dortmund sem problemas. A viagem até foi rápida. Nem duas horas demorou. Mas Aachen ainda fica a 156 km de Dortmund, portanto entre apanhar o autocarro do aeroporto para a estação de comboio e daí até Aachen.

Mal cheguei à Alemanha senti a diferença. Não vou dizer que me senti como que chegado À civilização, mas a sensação foi semelhante. O aspecto geral dos edifícios e dos espaços eram diferentes daqueles que a que eu estava já habituado após um mês na Polónia. De facto, parecia tudo muito mais ordenado, limpo e desenvolvido, mesmo que isso possa apenas ser impressão. O comboio por exemplo, quando entrei nele pensei que estava em 1ª classe. Os bancos eram melhores que os do avião. Aliás, o próprio interior da carruagem parecia um avião! Com dois pisos e cadeiras todas ergonómicos.
A primeira pessoa com quem eu falei na Polónia, um funcionário do aeroporto, não falava inglês. A primeira pessoa com quem falei na Alemanha, um empregado do aeroporto, falava inglês perfeitamente. Outra diferença.
No entanto, uma das coisas que notei mesmo diferença eram os estrangeiros e emigrantes. Ou pelo menos pessoas de várias raças, etnias, escuros, claros, baixos, altos, morenos, albinos, gordos, magros, etc. Na Alemanha, como em muitos outros países por toda a Europa vêm-se pessoas de todos os lados, de toda a Europa, ou de qualquer outro dos continentes, claro que influenciado pelos fenómenos migratórios, características e afinidades culturais, e história dos países. Na Polónia são poucos os estrangeiros. Quero dizer, há russos, ucranianos e ainda de outros países, mas no seu conjunto constituem um grupo restrito de países. Não se nota aquele cosmopolitismo que se vê noutras cidades da Europa.

À medida que o tempo passava, mais excitado e contente me sentia. Mas foi só depois de chegar a Aachen, quando estava à porta da estação e a vi ao longe, a caminhar na minha direcção que me senti realmente extasiado. Estar junto da minha mais que tudo outra vez, poder te-la nos meus braços e podermos ter as nossas parvoíces outras vez foi a melhor sensação do mundo! (Assim como o beijo que trocamos quando nos encontrámos!).

Há certos dias em que nos sentimos tão bem com nós próprios e com o mundo, em que apenas conseguimos pensar positivo e sermos felizes, que apenas desejamos mantermos-nos nesses dias para sempre. Apenas desejamos que o tempo não passe. Estes dias em que viria a passar em Aachen com a minha menina foram desses tempos.

Breve passagem por Dortmund.

À espera do comboio...

O comboio-avião.
A caminho da felicidade.

1 comentário:

inês disse...

:')) fiquei speechless amori...tenho saudades desses dias em que tudo estava bem!! mas já falta pouco para estarmos juntos again... amo-te !!!